terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Geologia – Dinâmica Interna

Dinâmica interna da Terra

A orogênese corresponde a movimentação que acontece na crosta terrestre no sentido horizontal, formando as montanhas e a epirogênese está relacionado a movimentação vertical da crosta terrestre, formando horst e graben.

A orogenia pode ocorrer por métodos de subducção, onde uma placa irá subductar sob outra, ocasionando a elevação da segunda por compressão. Exemplo a Cordilheira dos Andes, conforme esquema abaixo, com a placa de Nazca subductando a América do Sul:


Estas cadeias também podem ser formar por obducção, que é o processo inverso da subducação. Este processo ocorre, por exemplo, em Omã (na Pensínsula Arábica), onde a litosfera oceânica não infiltra sob a litosfera continental, mas ao contrário.

E por fim estas cadeias de montanhas podem ser formar pelo processo de colisão, sendo o exemplo mais clássico, a cordilheira do Himalaia, que resultou da convergência duas placas continentais (Indiana e Euro-asiática), este processo colisional permanece ainda hoje, numa taxa de 4 a 5 cm por ano, levando a cordilheira a se manter sempre em soerguimento.


A epirogenia consiste nos movimentos de subsidência ou de soerguimento de determinada área verticalmente. Se uma área sobre a subsidência esta área é chamada de Graben, se ocorre o soerguimento, esta área é chamada de Horst.


O Terremoto corresponde a um tremor de terra, provocado por seus movimentos (Placas Tectônicas). Quando duas placas tectônicas se movimentam, irão gerar um acúmulo de pressão, que leva a movimentos bruscos destas placas. Estes movimentos conforme vistos anteriormente podem ser convergentes, divergentes ou mesmo transformantes (movimento lateral). As consequências destes abalos sísmicos são catastróficas.

Terremoto em Chai-I / Taiwan

O movimento convergente, leva a profundas alterações o relevo, pois o choque entre as placas, leva uma das placas a penetrar sob outra, este fenômeno é conhecido como subducção ou obducção. A Cordilheira dos Andes é um exemplo de movimento de convergência de placas (Nazca e Sul-Americana) e este encontro de placas ocasionam terremotos a todo momento.

O local onde se inicia um terremoto é conhecido como hipocentro, corresponde a área onde tem o inicio da ruptura rochosa, levando a liberação da energia em forma de ondas sísmicas. O epicentro é o ponto localizado logo acima do hipocentro (na superfície).


O aparelho utilizado para a medição da intensidade (amplitude de vibrações) dos terremotos é chamado de Sismógrafo, conforme ilustração abaixo.

Sismógrafo 

A medição de um terremoto é realizada pela escala Richter, via de regra geral, os abalos sísmicos com escala menores que 3,5 não são sentidos por nós.

O Brasil é um país estável com quanto a abalos sísmicos de grande intensidade, pois fica no centro da placa sul-americana, havendo alguns sismos em razão de falhas existentes nesta placa tectônica, algumas localidades também apresentam abalos mas são reflexos de um epicentro ocorrido em outros países vizinhos. Países como o Japão ficam em áreas onde existe o encontro de placas tectônicas, por isto acontecem abalos de amplitudes maiores.

Alguns tremores são tão insignificantes que não são notados, outros não são notados porque acontecem no fundo oceânico ou em regiões anecúmenas.

Segue abaixo os principais motivos que podem levar a um terremoto:

- Movimento das placas tectônicas
- Erupções
- Impactos de meteoros (raros)
- Desmoronamento de grandes estruturas

Alguns abalos podem ser induzidos pela ação humana, dentre eles podemos citar e exploração de Minas, exploração de aquíferos, exploração de combustíveis fósseis, construção de barragens,




O abalo sísmico de maior intensidade registado na modernidade, ocorreu no Chile em 1960 chegando a 9,5 pontos na escala de Richter.

Epicentro de terremotos – 1963 à 1998

A região conhecida como Círculo de fogo do Pacífico, é uma área marcada pela intensa atividade vulcânica. Esta região localiza-se no Oceano Pacífico e corresponde a uma área de convergência de placas tectônicas. Esta região concentra 90% da sismicidade existente no planeta, compreendendo regiões da Ásia, Oceania, América e Cordilheira mergulhadas no oceano Pacífico.

Círculo do Fogo

Os vulcões são formações rochosas que expelem magma, gases e cinzas. Quando entram em erupção liberam na atmosfera uma grande quantidade de gases e poeira. Esta estrutura se forma principalmente em áreas de grande instabilidade tectônica, situadas em áreas de contato entre placas tectônicas.

Magma = Interior da Terra / Lava = Fora do vulcão

Diagrama de vulcão em erupção


Terremotos e erupção vulcânica.


Vesúvio/ Itália

Considera-se um vulcão como extinto, quando ele não apresenta mais a probabilidade de entrar em erupção novamente, alguns vulcões podem ficar dormentes por vários milhares de anos.

O caso mais grave de caldeiras dormentes, se refere a caldeira de Yellowstone, nos E.U.A. que não entra em erupção a 640.000 anos, mas apresenta uma grande atividade sísmica.

Mas não é só a lava expelida pelos vulcões que pode trazer grandes problemas para a civilização. Os fluxos piroclásticos também são muito perigosos e são provenientes de erupções vulcânicas. Estes fluxos são constituídos por gases quentes (entre 100 e 800º C), podem se movimentar a uma velocidade de até 160 km/h.

Dentre os exemplos mais clássicos de desastre com os fluxos piroclásticos está a antiga cidade de Pompéia na Itália. Pompéia foi destruída por fluxos piroclásticos liberados pelo vulcão Vesúvio em 79 d.C. O fluxo solidificou e cobriu toda a cidade de Pompéia. A cidade de Pompéia se tornou um sítio arqueológico com intensas escavações com a finalidade de encontrar os corpos que foram moldados pelas cinzas e lama da grande erupção.



Ruínas de Pompéia – ao fundo o Vesúrio




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