quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Geologia – Geologia do Brasil

Estrutura Geológica brasileira

A geologia do território brasileiro é compreendida por três estruturas geológicas. Os Escudos Cristalinos são áreas Pré-cambrianas e ocupa 36% da superfície do país, destes 36%, 32% dos terrenos são arqueano e apenas 4% dos terrenos cristalinos são do proterozóico, com formação de minerais como o ferro, manganês entre outros.

As bacias sedimentares são formações mais recentes abrangendo aproximadamente 56% do território brasileiro. As bacias sedimentares do paleozóico carbonífero são áreas onde se encontra o carvão mineral, já nas áreas do Mesozóico, encontra-se as jazidas de petróleo. Nas áreas mais recentes (cenozóico), formam-se as planícies.

Por fim, temos ainda no Brasil, os terrenos vulcânicos, que ocupam aproximadamente 8% do território brasileiro. Estas áreas foram submetidas a derrames vulcânicos no período mesozóico e estes derrames deram origem ao basalto que com a ação do intemperismo deu origem a “Terra Roxa”, o solo mais fértil do Brasil.

Os escudos cristalinos encontram-se expostos em alguns pontos, dentre eles o escudo das Guianas no norte da bacia do Amazonas, o escudo do Brasil central é também conhecido como Guaporé e se encontra no interior do Brasil e o escudo do Atlântico que se localiza na porção oriental do Brasil, conforme mapa abaixo.


Em vários pontos estes escudos se encontram expostos (aproximadamente 50% do território), e nas outras áreas esta plataforma composta pelos escudos acima mencionados são preenchidas por sedimentos, formando as bacias sedimentares.

Rochas

Através de uma análise das rochas e minerais, é possível entender um pouco sobre a origem e a evolução do planeta Terra.

Existem três tipos de rochas a serem analisadas, as rochas ígneas, sedimentares e metamórficas.

As rochas ígneas ou magmáticas são originadas da solidificação do magma. Nestas rochas pode-se encontrar vários metais como o ouro, cobre, estanho dentre outros. O tamanho dos cristais de cada tipo de rocha ígnea depende de seu tempo de resfriamento. Quando o magma leva mais tempo para se resfriar, o tempo para o resfriamento leva a formação de cristais maiores, afinal houve tempo para a formação dos minerais, ao contrário, quando o resfriamento é rápido, não havendo tempo para a formação dos minerais, a rocha apresentará cristais menores.

O processo de resfriamento lento é possível quando o magma se resfria no interior da Terra, são as chamadas rochas plutônicas ou intrusivas, como o granito. Quando o magma entra em contato com o ambiente (lava), o mesmo irá se resfriar rapidamente este tipo de rocha ígnea é conhecida como rocha vulcânica ou extrusiva, como o basalto, por exemplo.



Granito 

As rochas sedimentares são produto de intemperismo de rochas expostas ao tempo. Após erodidas, podem ser transportadas e levadas a áreas depressivas, este material será transformado em uma rocha sedimentar, quando for compactado e cristalizado, levando a cimentação dos grãos dos sedimentos, este processo se chama diagênese.

Por meio das rochas sedimentares, os geólogos e paleontólogos conseguem importantes informações da vida na Terra ao longo do tempo, através de fósseis encontrados neste tipo de rocha.

Economicamente, as rochas sedimentares são detentoras de minerais importantes como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral.

As rochas sedimentares podem ser classificadas como clásticas ou detríticas, quando formadas por acumulação de fragmentos de minerais (arenito, folhelho), químicas quando resultam da precipitação de substâncias dissolvidas em água (estalactites e estalagmites) ou orgânica, quando formadas por restos de seres vivos (carvão e calcário).

Formações sedimentares
Fonte: http://www.cientic.com/imagens/pp/sedim3/sl_25.jpg

Rocha: Arenito

Rocha: Calcário

Estalagmites - Formações que surgem na parte inferior de uma caverna

Estalactites – Formações que surgem na parte superior da caverna

As rochas metamórficas são rochas que sofrem metamorfose a partir de outra rocha. Esta transformação ocorre com a variação de pressão e/ou temperatura.

Dentre os exemplos mais clássicos de transformação litológica, encontram-se as cadeias de montanhas. Com as elevadas temperaturas e pressões do interior da Terra, levam a formação de rochas metamórficas a partir das rochas que irão subductar a placa continental (como nos Andes).

Alguns exemplos de rochas metamórficas são o gnaisse, formado a partir do granito; a ardósia, formada a partir do xisto; o mármore, formado a partir do calcário, e o quartzito, formado a partir do arenito.

Gnaisse – Metamórfica do granito 

Mármore – Metamórfica do Calcário

Usos do Calcário: Produção de cimento, cal, utilizado para correção de Ph do solo (calagem), fundente de metalúrgicas, pedra ornamental) 


O ciclo das rochas

Percebe-se por meio do ciclo das rochas, a dinâmica que o planeta Terra apresenta, pois, uma rocha pode se transformar em outra rocha. As intensas atividades magmáticas no interior do planeta, deram origem as rochas magmáticas. Estas rochas, quando expostas à atmosfera, sofrem a ação do intemperismo, levando as rochas a erosão. Após erodidas podem ser transportadas e depositadas em áreas depressivas, constituindo as rochas sedimentares que podem derivar de rochas ígneas, metamórficas e mesmo de rochas sedimentares). Estas rochas, também podem ser levadas a certos ambientes completamente diferentes da área onde a rocha se formou com diferentes temperaturas e pressões e se transformar em outras rochas, estas passam a serem chamadas de rochas metamórficas.

O ciclo das rochas é uma demonstração da instabilidade do nosso planeta, evidenciando as constantes metamorfoses que o planeta Terra passa no decorrer do tempo geológico.

Fonte: http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/introducao.html



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